Em minhas conversas semanais com escolas, tenho percebido uma crescente expectativa de crescimento entre mantenedores e diretores de escolas por todo o Brasil. Essa atmosfera otimista (da qual sempre compartilhei, inclusive) continua, mas gostaria de abordar algo que me preocupa: a expectativa não fundamentada, quase como uma crença automática, de que o cenário melhorará.
Antes de tudo, é válido destacar que acreditar, ter fé e trabalhar com afirmações positivas para atrair melhorias são práticas saudáveis. No entanto, o diagnóstico do crescimento no setor educacional brasileiro, especialmente na educação infantil em 2023, exige uma análise mais detalhada.
A Lumni tem oferecido gratuitamente diagnósticos de diversas cidades do Brasil, e o cenário geral aponta para um aumento no número de matrículas em escolas particulares, com potencial ainda maior em algumas regiões quando comparado aos últimos 5 anos.
(Aqui segue uma tabela com os últimos 5 anos de alunos matriculados em escolas de educação básica da cidade de São José dos Campos.)
O cenário de São José dos Campos reflete uma tendência comum no Brasil: um crescimento expressivo até 2019/2020, uma queda acentuada durante a pandemia e uma retomada vigorosa em 2022. Agora, nos aproximamos dos patamares anteriores, levantando a questão de iniciar um novo ciclo de crescimento ou atingir um platô de crescimento, considerando a inversão da pirâmide etária no Brasil.
O desafio de atrair alunos para sua escola permanece considerável, independentemente de um crescimento forte ou marginal. Escolas de grande porte, altamente profissionalizadas e disputadas estão presentes em todas as áreas, tornando a diferenciação um desafio orgânico ainda mais difícil.
Nesse contexto, é fundamental investir na profissionalização da campanha, da chegada de novas famílias, do discurso, do atendimento, da visita e, especialmente, do acompanhamento das famílias e dos números. A luta para conquistar parte desse crescimento significa um esforço semanal, uma família por vez.
Considere o seguinte esquema da escolha de escolas pelas famílias:
Se cada família visita 4 escolas com uma "lista de prioridades" na cabeça, é evidente que um diferencial crucial é a forma como você atende, recebe, relembra e se conecta com cada família. A sua escola tem a capacidade de identificar quem a visita? Anotar as prioridades de cada família? Compreender as inseguranças e os motivos que as levam a escolher ou não sua escola? Isso é mais do que um controle, é a construção de relacionamentos personalizados.
Meu convite desta semana é para que você reflita sobre a capacidade da sua escola em entender quem a visita, o que as famílias procuram e priorizam, e se vocês conseguem abordar essas famílias de maneira personalizada. É uma preparação essencial para um mercado que pode crescer. Ou só se tornar muito mais disputado.
Caso deseje discutir estratégias, treinamento de equipe ou qualquer outro tópico relacionado ao cenário atual, estou à disposição para agendar um momento e trocar ideias.
Um abraço,