Estamos agora “oficialmente” com o ano letivo iniciado – aquele momento após o hiato do carnaval. Daqui em diante, entramos no que é o calendário escolar padrão, se é que podemos dizer assim (eu e você sabemos que escola é uma caixinha de surpresas e que sempre, querendo ou não, uma temática ou duas por ano vêm para ser uma novidade).
O que eu vejo de mais errado em trabalhar no automático, com um calendário padrão de ano letivo escolar, entretanto, não é necessariamente o calendário em si. O erro é que a grande maioria das escolas que conversei desde o início da jornada não desenvolvia nenhuma ação ao longo do primeiro semestre com as famílias que se interessaram pela escola, mas que por algum motivo não viraram matrículas.
Para ser bem honesto, a verdade é que quase nenhuma nem ao menos olhava para o Marketing ao longo dos primeiros seis meses do ano e isso é muito perigoso.
Na minha busca para entender os motivos pelos quais as escolas faziam isso, elenco coisas que fazem sentido:
Mas, também consegui perceber uma fala muito baseada na crença e não nos dados: não adianta investir e trabalhar agora porque a família só procura e decide lá no final do ano ou no início do próximo.
E, de novo, sendo totalmente franco com vocês, essa fala é, em grande parte, verdade: as famílias só fazem a matrícula mais para o final do ano ou início do próximo. Mas, veja, elas fazem a matrícula. Não necessariamente o processo de decisão acontece só ali. É muito importante entender que para manter essa crença (que com certeza é fruto de uma grande experiência, de anos na educação) temos que estar mantendo as mesmas premissas.
O que eu quero dizer com isso? Num mundo em que a indicação (o famoso boca a boca) reinava, vocês poderiam ficar tranquilos quanto as ações de marketing e os investimentos de vocês porque as próprias famílias da escola, satisfeitas, resolveriam a captação de alunos novos de vocês. Mas, hoje, ela não resolve sozinha. As escolas estão investindo no fortalecimento das suas marcas, estão aparecendo a todo o momento no instagram, Google, Youtube, nos comércios locais próximos; lançando materiais, blogs, enviando e-mails e reativando todo mundo ao longo de todo o ano.
E veja, não estou falando que o boca a boca não é importante (ele continua sendo o mais relevante e posso trazer diversos dados que provam isso em um uma reunião que podemos marcar), mas o meu ponto é que ele não resolve sozinho. E cada vez mais, ele deve se equilibrar com os investimentos feitos.
Pensando nisso é que nessa semana meu “apelo” é de que vocês olhem com carinho para as ações de vocês do semestre.
Vocês já fizeram o mais difícil: acumularam uma grande lista de nomes de famílias, telefones, e-mails, relacionamentos com famílias que, por algum motivo, se interessaram na escola de vocês. E, por mais que não tenham fechado, elas estão por aí e podem mudar de ideia. Por isso, planejem aparecer para essas pessoas. Hoje nós temos infinitas ferramentas que permitem isso, basta usar com disciplina, frequência e sabedoria. Temos dados de que essas famílias que um dia procuraram já chegaram a ser até 40% das matrículas novas de uma escola 3 anos depois de terem entrado em contato e a conhecido. Mas, tudo fruto de uma manutenção do relacionamento ao longo de todo esse tempo.
Bom, e é isso, pessoal! Cuidado com o planejamento de vocês. Na próxima semana, me comprometo a compartilhar um pouco do calendário de ações que acredito para um primeiro semestre, ok?
Como sempre, fiquem à vontade para entrar em contato e marcarmos uns minutinhos para conversar sobre esse tópico ou outros assuntos envolvendo a gestão escolar.
Um abraço!