Captação não é palpite. É cálculo.
Captação não é sensação — é conta. Sem métricas e acompanhamento, o funil vaza onde ninguém vê.
Grande parte das conversas sobre matrícula começa com frases como “acho que estamos bem de visitas” ou “parece que neste ano o interesse diminuiu”. A intuição é confortável, mas costuma enganar. Porque captação não é sensação. Captação é conta. É proporção clara entre contato, visita e matrícula. E, ainda assim, muita escola continua gerindo o funil como quem confere temperatura passando a mão na testa: sem termômetro, sem escala e sem precisão.
Quando o gestor não sabe quantos leads chegaram, quantos efetivamente falaram com a secretaria, quantos marcaram visita e quantos voltaram para fechar, ele não faz gestão – ele faz torcida. E torcida não ajusta discurso, não treina atendimento e não corrige gargalo; apenas torce para que o número final seja suficiente.
A consequência é óbvia: investe-se mais em anúncios, contrata-se agência nova, troca-se identidade visual, mas o funil continua vazando nos mesmos pontos invisíveis. Parecem soluções diferentes, mas todas tentam curar o sintoma sem diagnosticar a doença – falta de métrica, falta de método, falta de revisão semanal.
Toda campanha bem-sucedida começa com uma conta simples: quantas matrículas preciso, qual a minha taxa histórica de conversão, quantos contatos isso exige e em quanto tempo. Esses números não são decoração de planilha. São norte.
Não é falta de criatividade que derruba a campanha. É falta de matemática aplicada. Contatos entram, visitas acontecem, mas, sem acompanhamento numérico, ninguém sabe por que alguns convertem e outros evaporam.
No fim, escola que cresce de forma previsível não depende de sensação. Depende de conta. E conta, ao contrário do palpite, não costuma falhar.
Um abraço,