A Bett acabou — e a escola real continua precisando crescer

A Bett Educar terminou, mas a necessidade de crescimento escolar continua. Além da inovação, as escolas precisam de método e objetividade na captação de alunos, conectando marketing à matrícula para evitar salas vazias.

Mais uma edição da Bett Educar chegou ao fim. Corredores lotados, estandes impressionantes, novas tecnologias sendo apresentadas com entusiasmo. Robôs, IA, telas interativas, promessas de transformação. Mas, andando por ali, conversando com gestores, mantenedores, parceiros e clientes, a sensação que volta é a mesma dos últimos anos: a escola continua procurando soluções para crescer — e quase ninguém está entregando isso.

Não se trata de desmerecer a inovação. Ao contrário. A educação precisa dela. Mas também precisa de objetividade. De ferramentas que conectem marketing à matrícula. Atendimento à retenção. Planejamento à previsibilidade. O que vi, mais uma vez, foram muitas soluções que encantam no palco, mas se perdem na operação real da escola.

O discurso da transformação digital segue forte. Mas no fundo do funil, na rotina comercial, na construção de uma campanha de matrícula eficiente, falta método. Falta clareza. Falta ritmo. E enquanto isso não mudar, teremos escolas cada vez mais tecnológicas, mas com salas vazias. Ou pior: escolas apostando em ferramentas caríssimas, enquanto perdem alunos por falta de acompanhamento.

A Bett tem valor — e eu saio dela com novos contatos, boas ideias e a certeza de que estamos no caminho certo. Mas também com o compromisso de continuar dizendo o que poucos dizem: crescimento não é um keynote. É gestão.

E é isso que a gente precisa construir, todos os dias, longe dos holofotes. Com estratégia, com método e com resultado.

Um abraço,